sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Yupiiiiiiiiii... Meu primeiro Selinhooooooo!!!


Acabei de ser indicada pela Rosana do blog "Lindooooooooooooo" Anjinhos da Minha Vida , passem lá, vocês vão gostar... Rosana, mil vezes obrigada, esse é meu primeiro selinho e estou muuuuuuito feliz...

Vamos então as regrinhas básicas:
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” Que vc acabou de ganhar!!!
2- Poste o link do blog que te indicou.(muito importante!!!)
3- Indique 10 blogs de sua preferência;
4- Avise seus indicados;
5- Publique as regras;
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras;
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B !

Indico ao selo os 10 seguintes blogs:



Beijos Meninas!!! Vocês merecem!!!

Visitas Importantes!!!

Tivemos visitas muito importantes na nossa escola em 2008 e esperamos com muita ansiedade que elas voltem em 2009... rsrsrsrs...


Bolinhas de Sabão!!!

Essa é uma atividade que gosto de fazer com bastante frequencia pois é ótima para que as crianças fortaleçam os músculos da face... Gosto também de oferecer balões, línguas de sogra e outros objetos que possam soprar.

Eles AMAM brincar com bolinhas de sabão!!!
Sempre com a ajuda indispensável da minha amiga Lu...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Projeto Dengue!!!

Trabalhamos com o projeto "Dengue" em toda a escola... Fizemos teatro, cartazes, folhetos informativos e aproveitamos para colocar areia nos pratinhos das plantinhas que nós mesmos plantamos durante o projeto " Meio Ambiente". As crianças aprenderam muito com esse projeto...



Semana da Criança!!!

A semana da criança foi marcada por muita alegria e diversão...
Decorei a sala com muitos balões, tudo bem colorido...
Fiz flores com os balões e pindurei no teto da sala... Ficou uma graça...


Tivemos Brinquedos Infláveis...


Festa a Fantasia e muitos doces e guloseimas...

Semana farroupilha 2!!!

Gosto muito de trabalhar as tradições gaúchas com meus alunos... Acho importante que eles conheçam suas tradições, desenvolvam o gosto por elas e tenham orgulho e amor pela sua terra e seus costumes...
Comemoramos a Semana Farroupilha com muito chimarrão, churrasco, arroz carreteiro e muita dança gaúcha. Tivemos a apresentação de um grupo infantil de um CTG... As crianças adoraram...



segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Semana Farroupilha!!!

Esse trabalho foi feito com uma turminha de Pré A com crianças de 4 anos... O coração foi uma pintura coletiva da turma depois cada um criou sua bandeira individualmente pintando com um pente. O coração foi contornado com bolinhas de papel crepom com as cores da Bandeira Rio Grandense.
Parabéns Prof Débora... Ficou muito lindo...



Essa bandeira foi feita pela minha turma de Jardim I com crianças de 3 anos. Fizemos a bandeira coletivamente com papel crepom picado e depois cada um fez sua bandeira com pincel e tinta.



Hora do Conto!!!


Fiz essa caixa para usar na hora do conto como um painel para teatros... Ficou uma graça... Nas laterais da caixa coloquei dois bolsos grandes que fiz com o próprio E.V.A para guardar fantoches, figuras, máscaras e outros materiais que poderão ser usados durante a contação das histórias...

Adorei!!!

Minha Sala!!!

Gosto de organizar minha sala de aula com cantos pedagógicos, as crianças ficam mais livres para fazer o que gostam e consigo interagir com todos mais facilmente.
Costumo deixar os cantos por aproximadamente 60 dias, depois crio cantos novos para que eles tenham sempre novidades em sala.
Estes foram alguns dos cantos que utilizamos no ano passado.

Canto dos jogos e atividades


Canto das bonecas


Canto do Escritório ou Computador como eles chamavamEsse canto ficou na sala por todo o ano pois eles adoravam e era um dos cantos mais concorridos.

Canto da leitura

Educar Com Amor!!!


domingo, 25 de janeiro de 2009

Brasil!!!



Essa bandeira foi confeccionada pela turma do Jardim(3 a 4 anos) em 2007 na semana da Pátria.
Fizemos ela com forminhas de docinhos... Eles amaram!!!

Os Bichos!!!



A partir da história "A Arca de Noé" iniciamos o projeto sobre os animais...

Durante os projeto utilizamos as histórias "A arca de Noé" e "O nascimento da Borboletinha" do Baú do Professor, "Mamãe é Demais de Mara Van Fleet", a série "Livro-Surpresa dos Animais" da editora Impala entre outros...


Hora Do Conto "A Arca de Noé"




Imitando os Animais




Criando com Máscaras e Fantoches


sábado, 24 de janeiro de 2009

Atividades na Educação Infantil!!!



Todas as atividades desenvolvidas na Educação Infantil devem ser trabalhadas através da exploração concreta dos objetos , pois, as crianças dessa faixa etária ainda não possuem maturação para compreender e aprender conceitos abstratos.
Há de se observar também, que nessa fase elas são dispersas, desconcentradas e sem reversibilidade de pensamento o que requer que o planejamento do professor seja mutável em qualquer ponto e atrativo.
As atividades desenvolvidas devem levar em conta os aspectos de desenvolvimento da criança, ou seja, contemplar:


1. ASPECTO COGNITIVO - referente ao desenvolvimento do raciocínio, da inteligência, aqui são necessário desenvolver:


Conhecimento Físico: cor, forma, peso, textura, som, temperatura, odor, sabor, são as características dos objetos.


Conhecimento Lógico-matemático: estruturação do conceito de tempo e espaço, aquisição de conservação de quantidades contínuas e descontínuas, classificação, seriação e conservação.

Conhecimento Social: aquisição sobre a vida em sociedade, costumes tradições, regras, datas comemorativas,etc.

Função Simbólica: ampliação e generalização da imitação representativa, jogos simbólicos, imagem mental, expressões artísticas, etc.


2. ASPECTO AFETIVO: desenvolvimento da iniciativa, da independência, da curiosidade, da motivação, etc.

3. ASPECTO SOCIAL: desenvolvimento das interações sociais, conhecimento das normas de conduta, direitos e deveres, desenvolvimento de
valores éticos e morais.


4. ASPECTO PERCEPTIVO MOTOR: desenvolvimento e coordenação dos pequenos e grandes músculos.

OBSERVAÇÃO: Os aspectos afetivo e social devem acontecer concomitantemente aos aspecto cognitivo e perceptivo motor, onde emoções e normas de conduta andem de mãos dadas.m bom planejamento deve contemplar estes aspectos e a partir daí, surgirão mil idéias para projetos que estimulem o desenvolvimento da criança, sem deixar de lado o lúdico, o prazeroso.


5. ASPECTO COGNITIVO

Conhecimento Físico: - Aquisição das propriedades dos objetos:

1) Cor: Identificação das cores primárias através de brincadeiras e comparações, manipulação de tintas e da sua transformação em cores secundárias;
2) Formas: identificação das formas geométricas em diversos objetos de uso social e escolar através de brincadeiras, da manipulação dos objetos e de atividades direcionadas na pintura e recorte e colagem;
3) Textura: através do manuseio de objetos e de diversos tipos de papéis e tecidos, reconhecer as diferentes texturas, tais como liso, áspero, peludo, enrugado, macio, duro, ondulado, etc e a partir delas realizar diferentes expressões artísticas de desenho e pintura. Ex: desenho sobre lixa, desenho sobre camurça, tecido, microondulado, etc. Uma idéia linda é um livro de textura. sentir as diferentes texturas dos alimentos, crus, cozidos, assados, líquidos, pastosos, sólidos, etc;
4) Temperatura, Sabor e Odor: a partir das ações sociais e escolares diferenciar as temperaturas fria, gelada, morna e quente, sabor amargo, doce, salgado e odores diversos;
5) Som: Estimulação auditiva através dos diferentes sons de instrumentos da bandinha, de objetos em movimento e em queda, apreciação de categorias musicais, melódicas e vocais, observação dos diferentes animais e os sons emitidos por eles, tais como, mugido, rugido, grunhido, latido, etc;
6) Peso: através da manipulação de diversos objetos, identificar e estabelecer relações entre eles tais como, leve, tão leve quanto, pesado, tão pesado quanto, mais pesado que;
7) Tamanho: estabelecer as relações entre os objetos, tais como, maior, menor, mediano, alto, baixo, médio, etc;


OBSERVAÇÃO: Sempre trabalhar no concreto para depois fazer o registro no papel, pois, assim a apreensão será significativa e fácil para a criança.


Conhecimento Lógico matemático: estruturação do conhecimento e conceituação de tempo e espaço, seriação, classificação e conservação.

1) Função social do número em horas, calendário, altura, peso, calçados e roupas, casas, etc, mostrando que o número pode ser utilizado com outros objetivos além da contagem;
2) Horas/momentos: diferenciação entre o dia e noite, o agora e o depois, etc;
3) Classificação e seriação através de conhecimentos vivenciados em sala de aula, como identificação da rotina, contagem na chamada(quantos somos? quantos vieram? quantos faltaram? mais meninas ou meninos? quem é o primeiro ou último da fila?) estudo do calendário, fazer coleções, estabelecer comparações de igualdade, semelhança e diferenças;
4) Aquisição de conservação das quantidades contínuas e descontínuas (massinha, areia e água).



OBSERVAÇÃO: Aqui podem surgir lindos trabalhos, tais como a criação de álbuns de recortes de animais, alimentos, brinquedos, botões, etc, bem como ordenar histórias, palitos de diferentes tamanhos, seqüência de cores em ordem linear direta e inversa, etc.




7. CONHECIMENTO SOCIAL:- Adquirir conceitos sobre a sua pessoa _ EU _ e estabelecer relações de igualdade e diferenças com as outras pessoas com as quais a criança convive na escola e na sociedade (OUTRO), família, etc. Letras, números, formas e cores e datas comemorativas também são conhecimentos sociais, pois, são nomenclaturas criadas e utilizadas pelos homens.- Identificação da criança _ EU - como parte do MEIO e a importância de preservá-lo como garantia de sobrevivência;


1)reconhecer o corpo como um todo e em partes (corpo humano), diferenciar os corpos existentes na sala ressaltando o respeito as diferenças (altura, peso, raça, necessidades especiais, etc) através de desenhos impressos, recortes, quebra-cabeças, marcas do tempo, brincadeiras e músicas;
2)reconhecimento das letras a partir do seu nome e do nome dos companheiros de classe e membros de sua família, músicas, pesquisas em sala de aula e em casa;
3)reconhecer os membros de sua família, reconhecer as diferentes famílias, através de livros, pesquisas, entrevistas;
4)reconhecimento da sociedade com a qual convive: escola, bairro e cidade, profissões, meios de transportes e comunicação;
5)reconhecimento dos números através da sua função social (idade, peso, altura, calçados e roupas, calendário, contagem de alunos, etc), música, brincadeiras, encaixes de pinos, bingos, boliches, etc;
6) datas comemorativas: através de conversas na roda, pesquisas em sala de aula e em casa desenvolver atividades de desenho, recorte e colagem, faz-de-conta, sucatas, relacionados às principais datas comemorativas e ou as datas estabelecidas pelo PPP da escola;
7)reconhecimento dos elementos ar, terra, água e fogo e a partir daí desenvolver atividades que ressalte, a importância, a necessidade de preservação, a funcionalidade, a economia e os meios necessários para a utilização desses recursos sem esgotá-los. Exemplo de atividades legais: ciclo da água, experimento com feijão ou girassol, plantio de mudas e sementes em hortas ou floreiras, etc;segue...
8)reciclagem: transformação do lixo em luxo, o que podemos fazer para garantirmos o desperdício e aumentarmos o seu aproveitamento;
9)alimentação: elevar a importância de termos uma boa alimentação, a finalidade de cada alimento, suas características, a mastigação, a experimentação dentro da sala de aula, a transformação de alimentos sólidos em líquidos e vice-versa.



OBSERVAÇÃO: O conhecimento social é uma rica fonte para projetos

8. ASPECTO SOCIAL E ASPECTO AFETIVO:- Os dois aspectos caminham juntos com os demais, logo, todas as atividades, brincadeiras e conversas levarão em conta os valores e virtudes com base na RECIPROCIDADE!!!

9. ASPECTO PERCEPTIVO-MOTOR: Estão nas dramatizações, danças, brincadeiras, teatros de fantoches,alinhavos, monta-tudo, Lego, pinos de encaixes, desenhos, escritas,etc, que visam o desenvolvimento dos pequenos e grandes músculos.

Com base nesses princípios fica mais fácil a construção de um planejamento, de um projeto. Para isto basta deixar aflorar a criatividade. "



Texto retirado do blog Prazer de Ensinar

Sugestões de Livros para Educação Infantil!!!




Retirados do site da revista Nova Escola


1. Ri Melhor Quem Ri Primeiro

Autor: José Paulo Paes


2. Sapo Bocarrão e Outros Desta Coleção

Autor: Keith Faulkner


3. Um Número Depois do Outro

Autor: José Paulo Paes


4. Uma Cor, Duas Cores, Todas Elas

Autor: Lalau


5. A História da Dona Baratinha

Autor: Ana Maria Machado


6. Bem-te-vi

Autor: Lalau


6. Como Contar Crocodilos

Autor: Margaret Mayo


7. Da Pequena Toupeira que Queria Saber Quem Tinha Feito Cocô na Cabeça Dela

Autor: Werner Holzwarth


8. Fora da Gaiola

Autor: Lalau


9. Girassóis

Autor: Lalau


10. Livro de Histórias

Autor: George Adams


11. Mamãe Gansa

Autor: Scott Cook


12. Não Confunda...

Autor: Eva Furnari


13. O Caso do Bolinho

Autor: Tatiana Belinky


14. O Grande Rabanete

Autor: Leninha Lacerda


15. Você troca?

Autor: Eva Furnari


16. O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado

Autor: Audrey Wood


17. O que fazer?

Autor: Anna-Clara Tidholm


18. Poemas sapecas, rimas traquinas

Autor: Almir Correia


19. Bolinha vai ao parque

Autor: Eric Hill


20. Aniversário do Bolinha

Autor: Eric Hill


21. Onde está Bolinha?

Autor: Eric Hill


22. Rei Bigodeira e Sua Banheira

Autor: Don e Audrey Wood


23. A Bruxa de Salomé

Autor: Audrey Wood


24. Tanto, Tanto!

Autor: Trish Cooke


25. Maneco Caneco Chapéu de Funil

Autor: Luis Camargo


26. Maria Vai com as Outras

Autor: Sylvia Orthof


27. A Casa Sonolenta

Autor: Audrey e Don Wood


28. Amigos

Autor: Helme Heine


29. O Aniversário de Ninoca

Autor: Lucy Cousins


30. O Menino que Descobriu as Palavras

Autor: Cineas Santos


31. Olha o Bicho

Autor: Jose Paulo Paes


O BRINCAR na Educação Infantil!!!



A importância do brincar na Educação Infantil...


O que uma criança faz em uma escola de educação infantil?Brinca, faz amigos e passa horas felizes convivendo com crianças e adultos que não são seus familiares. Mas não é só isso que acontece.Até os 6 anos, a criança vive uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, social e motor por isso as condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam devem ser muito ricas e qualificadas.Uma escola precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com pessoas realmente preparadas para acompanhar a criança nesse processo de descobertas e de crescimento com uma base sólida que influenciará todo o desenvolvimento futuro dessa criança.Toda escola de Educação Infantil precisa ter certeza do que quer desenvolver na criança. Para formar uma criança saudável e desenvolver sua capacidade de aprender,de pensar e estabelecer as bases para a formação de uma pessoa ética capaz de conviver num ambiente democrático, deve-se propor atividades que desenvolvam um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores adequados a cada faixa etária.O brincar se constitui na interação de vários fatores que são transformados pela ação dos indivíduos e por suas produções. Os jogos e as brincadeiras são, assim transformados continuamente.A criança brinca para conhecer-se a si própria e aos outros em suas relações, para aprender as normas sociais de comportamento, para desenvolver a linguagem e a narrativa, para trabalhar com o imaginário e para conhecer os eventos e fenômenos que ocorrem a sua volta.A realização de jogos e brincadeiras na primeira infância envolve naturalmente o movimento, pois através dele a criança se coloca no meio, interagindo com os objetos, com as pessoas, explorando seu próprio corpo e o espaço físico. Uma das funções da brincadeira é permitir à criança o exercício do movimento. O movimento tem uma importância muito grande na infância, pois ele serve para a criança se relacionar com o outro,explorar o espaço e situar-se nele, bem como os objetos e o próprio corpo.No processo de desenvolvimento, a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que outras pessoas usaram em relação a ela. Isto acontece porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio de comportamento. A brincadeira fornece mudanças da necessidade e da consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparecem o faz-de-conta, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real.Brincar é fonte de lazer, mas é, também fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar parte integrante da atividade educativa.Incluir o jogo e a brincadeira na Escola tem como objetivo servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, processos estes intimamente interligados.A brincadeira fornece mudanças da necessidade e da consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparecem o faz-de-conta, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real.Brincar é fonte de lazer, mas é, também fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar parte integrante da atividade educativa.Incluir o jogo e a brincadeira na Escola tem como objetivo servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, processos estes intimamente interligados.


Lizzy

Mesa Educadora -

Sapucaia do Sul -Novembro/2006

Contar Histórias!!!

Contar histórias para promover leitura


Lucia Helena L.Santos Silva e Sueli Rocha


Era uma vez um menino que adorava ouvir histórias antes de dormir.A cada noite, um criado enchia sua imaginação de fadas, bruxas, dragões etc. O pequeno dormia feliz, exausto por vivenciar tantas aventuras, nas quais com certeza era sempre ele o herói, o vencedor. O menino era egoísta e, por mais que os amigos pedissem, não recontava a eles as histórias ouvidas. O tempo passou,o criado envelheceu, o menino cresceu e não quis mais saber de histórias. Eram outros os seus interesses, então. Já rapaz, apaixonou-se e quis casar. Um dia antes do casamento, o velho empregado foi ao quarto do noivo, ajudá-lo nos preparativos. Com surpresa, ouviu ruídos estranhos que vinham de um saco há muito esquecido atrás da porta. Veio-lhe à memória que aquele era o saco onde ficavam guardados os espíritos de todas as histórias que ele contava ao garoto, agora rapaz. Prestou atenção e ouviu que os espíritos das personagens que eram más planejavam uma vingança mortal àquele que, por egoísmo, manteve-os presos por tanto tempo. Os espíritos das personagens boas, por medo, mantinham-se calados. Usando de toda a sua experiência e sabedoria, o velho destruiu cada uma das armadilhas preparadas para o rapaz, matando até uma cobra escondida no quarto do jovem casal. A cobra foi o último recurso usado pelos espíritos maus em sua vingança contra o egoísta que os prendera durante tanto tempo. O criado contou então a todos sobre a vingança dos espíritos das histórias, esquecidos presos na velha sacola. Agradecido por ter sido salvo, o rapaz prontamente acreditou no que ouvira e, arrependido, prometeu que, de ora em diante, contaria muitas histórias. A cada história contada, os espíritos presos eram libertados para, felizes, povoarem a imaginação de outras pessoas.Essa história (resumo do conto coreano "A sacola de couro", recontado por Zette Bonaventure, no livro "O que conta o conto?", publicado pelas Editoras Paulinas) nos faz refletir sobre quantos contos já não se perderam por falta de alguém que os contasse. Quem ainda se lembra de Pele de Asno, de A Moura Torta e das façanhas de Mata Sete? Esses e tantos outros estão à espera de serem servidos como um banquete a crianças ávidas de aventuras e emoções.Esse conto nos remete também a uma outra reflexão: mudaram os tempos, mudam os costumes. À hora de dormir, o sono infantil era embalado por alguém de voz carinhosa que contava, contava e recontava mil e uma aventuras, abrindo as portas para o mundo da ficção. É evidente que poucos tinham criados contadores de histórias. Mas sempre havia uma avó, um pai, mãe ou tia a fazer, através da oralidade, o primeiro contato da criança com o mundo da fantasia.E era essa fantasia que possibilitava à criança, sem sair do lugar, descobrir outros lugares e outros tempos, vivenciar as mais diferentes emoções (o riso, o choro,a raiva, a tranqüilidade), descobrir soluções para os próprios conflitos, viver outros papéis, identificar-se com personagens, enfim abrir os olhos para a vida e ver a vida com outros olhos.Mudaram os tempos, mudam os costumes. Hoje, poucas famílias conservam o antigo hábito de contar histórias para as crianças à hora de dormir. Para quem ficou a função de provocar a imaginação infantil? Não queremos entrar na polêmica sobre o papel da televisão, nesse aspecto. A nossa preocupação é que a escola, que também deveria suscitar o imaginário infantil, dedica a essa tarefa um tempo insuficiente para obter algum resultado minimamente satisfatório.Acreditamos que o professor, enquanto verdadeiro agente da ação educativa, deve tomar para si a função de estimular a imaginação dos alunos contando histórias de maneira natural, e sempre, não apenas na restrita "hora do conto". Vários são os momentos propícios para isso: um fato é melhor entendido se acompanhado de sua história: a história das grandes descobertas e invenções, as lendas, a história dos vencidos, a história da matemática, da mitologia greco-romana, por exemplo, podem servir como elementos instigadores da imaginação do aluno, levando-os a questionar, a formular hipóteses, a inventar outras histórias.Ao contar histórias, o professor estabelece com o aluno um clima de cumplicidade que os remete à época dos antigos contadores que, em volta do fogo, contavam a uma platéia atenta as histórias de seu povo, as origens das coisas, os costumes, os valores etc. Para que não precisemos inventar a roda a cada dia, é necessário que o patrimônio cultural que a humanidade acumulou durante séculos seja conhecido pelas novas gerações. E nada melhor do que contar histórias, para fazer reviver o que existe na memória coletiva. A esse respeito o escritor uruguaio Eduardo Galeano escreveu em A paixão de dizer/2:"Esse homem, ou mulher, está grávido de muita gente. Gente que sai por seus poros. Assim mostram, em figuras de barro, os índios do Novo México: o narrador, o que conta a memória, coletiva, está todo brotado de pessoinhas" (O livro dos abraços, L&PM).É que, ao narrar um conto da memória coletiva, o professor/contador reativa uma cadeia de contadores de histórias que vem do início das civilizações até os nossos dias. É difícil imaginar, por exemplo, por quantas bocas passou o conto "Festa no Céu" (cujos registros em cerâmica e tapeçaria datam do século IV A.C., como relata Maria Clara Cavalcanti de Albuquerque, em Kayuá - o dom da palavra, monografia não editada, 1998) para chegar aos nossos dias, contando uma história tão atual como a das artimanhas de alguém que quer entrar numa festa como "penetra", por não ter sido convidado. A voz do contador de história perpetuou esse e outros contos da tradição oral. Nas sociedades primitivas africanas, ainda não abrangidas pela escrita sistematizada, os contadores de histórias (os "griots"), considerados verdadeiras bibliotecas vivas, são poupados até das guerras "paraque continuem narrando as proezas dos povos africanos" (Barbosa, R. A., Bichos da África 2, editora Melhoramentos). A importância desses contadores de histórias é tal que, segundo Alex Haley, em Negras Raízes (editora do Círculo do Livro), "quando um griot morre é como se toda uma biblioteca tivesse sido arrasada pelo fogo".Mudaram os tempos, mudam os costumes. A platéia não se reúne mais em volta do fogo, mas numa escola: as histórias saídas da boca do velho contador foram parar dentro dos livros. Os contadores de histórias, no entanto, continuam sendo cada vez mais necessários. Por quê? É preciso lembrar que os livros só são úteis se existissem leitores. A escola, preocupada com a ação de ensinar a ler, relegou a um último plano a formação de leitores, assunto complexo, mas que certamente passa pelo estímulo à leitura pelo simples prazer de ler. Ler pelo gosto de ler, sem cobrança maior que a de deixar a imaginação correr solta para criar outros mundos. Então os contadores de histórias, os professores contadores de histórias são necessários, sim. São eles o elo entre a criança e o livro. Enquanto ouve uma história, o aluno transforma-se em produtor de texto, em co-autor da história que lhe é contada, pois com as pistas que a voz do contador lhe oferece, desenha na cabeça épocas, lugares, personagens. E a voz do contador, atenta à reação da platéia, alteia-se, sussurra, faz pausas, treme, transforma a leitura do conto num mágico momento de cumplicidade. Terminada a história, o ouvinte quer prolongar seu prazer de ouvir. É a hora em que o professor contador deve promover o encontro entre o aluno e o livro onde está a história contada; é a hora de ler o registro escrito e a ilustração, é a hora de confirmar/negar as hipóteses levantadas enquanto a história era ouvida. É também a hora em que o ouvinte/leitor percebe que pode reler os trechos de que mais gostou, pular páginas, ler uma frase aqui, outra ali, enfim, pode escolher o rumo de sua leitura e ir em busca de outras histórias do mesmo autor ou de outras histórias do mesmo gênero, trilhando os caminhos para a sua formação de leitor crítico, constatando, cotejando, transformando, como diz o Prof. Dr. Ezequiel T. Silva, em O ato de ler (editora Cortez: Autores Associados).O que temos comprovado na prática é que, depois de ouvir uma história bem contada, a reação imediata do aluno é pedir o livro para ler. O professor que se preocupa com a promoção da leitura deve disponibilizar para os alunos livros dos mais variados gêneros e autores, gibis, jornais e revistas, de forma a possibilitar-lhes a ampliação do repertório enquanto leitores.O ser humano é, por natureza, contador de histórias. Algumas técnicas e vivências podem ajudar o professor a utilizar bem essa característica que lhe é própria. Dessa forma, a atividade de contar histórias pode se transformar num importantíssimo recurso de formação do leitor para toda a vida e não apenas para a escola.


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009



¨Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já possui a capacidade de descobrir.¨

Bjooooooos...



QUANDO EDUCAS???



Não educa quando impõe suas convicções,
mas quando suscita convicções pessoais.
Não educa quando impõe condutas,
mas quando propõe valores que motivem.
Não educa quando impõe caminhos,
mas quando ensina a caminhar.
Não educa quando impõe dependências,
mas quando acorda a coragem de ser livre.
Não educa quando impõe suas idéias,
mas quando fomenta a capacidade de pensar por conta própria.
Não educa quando impõe o terror que isola,
mas quando libera o amor que acerca e comunica.
Não educa quando impõe sua autoridade,
mas quando cultiva a autonomia do outro.
Não educa quando impõe a uniformidade que doutrina,
mas quando respeita a originalidade que faz a diferença.
Não educa quando impõe a verdade,
mas quando ensina a procurá-la honestamente.
Não educa quando impõe uma punição,
mas quando ajuda a aceitar um castigo.
Não educa quando impõe disciplina,
mas quando forma pessoas responsáveis.
Não educa quando impõe autoritariamente o respeito,
mas quando o ganha com autoridades de pessoa respeitável.
Não educa quando impõe o medo que paralisa,
mas quando consegue a admiração que estimula.
Não educa quando impõe informação à memória,
mas quando mostra o sentido da vida.
Não educa quando impõe a Deus,
mas quando o faz presente na tua vida.


Bem vindos!!!

 
©2009 Elke di Barros Modificado por Tatyana Martins Silvana Bettio